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Título Análise: Compradores sul-coreanos recorrem ao etanol industrial paquistanês à medida que os preços brasileiros sobem
Anexo Data de registro 2018-10-29 vistas 2377

AGRICULTURA 12 Out 2018 | 08:10 UTC Cingapura

Cingapura - Os compradores sul-coreanos estão de olho nos valores do etanol industrial paquistanês ENA e REN, para a entrega no final de dezembro e janeiro; os valores do país estão bem abaixo da média no Brasil, que sofreu uma alta nos preços.

A queda nos preços do etanol paquistanês já era aguardada, devido o aumento na produção da cana-de-açucar pelo país; que deve, inclusive, acelerar o ritmo com o início da temporada de 2018-19 (outubro - setembro).

As ofertas de etanol do tipo ENA do Paquistão para embarque caíram em novembro - dezembro para US$ 630/mt FOB Karachi - equivalente a US$ 554/m3 CFR Ulsan - na quinta-feira, de US$ 650/mt FOB Karachi em 1º de outubro; enquanto ofertas do tipo REN foram a US$ 625/mt FOB Karachi na quinta-feira, o que equivale a US$ 549/m3 CFR Ulsan.

Além disso, segundo um trader paquistanês, os preços do etanol paquistanês REN e ENA devem continuar se abrandando, já que os preços para 2019 foram sondados a US$ 630/mt FOB Karachi para a ENA e US$ 615 a US$ 620/mt FOB Karachi para a REN.

Em relação ao etanol de Grau B do Brasil, percebeu-se um aumento de preço, subindo de US$ 532/m3 para US$ 560/m3 na quinta-feira, no início de outubro, segundo dados da S&P Global Platts.

A valorização do real, assim como a preocupação com a disponibilidade limitada devido a uma morte súbita na safra de cana no Brasil, registrou um aumento de 10,44% nos preços do etanol industrial de grau B do início de outubro, chegando a US$ 529/m3 FOB Santos/Paranaguá na quinta-feira, segundo dados da Platts.

O Real brasileiro subiu 5,76% desde o início de outubro; ficando R$3,7777, face ao dólar, na quinta feira, após o candidato de direita, Jair Bolsonaro, ganhar as eleições de 28 de outubro.

Além disso, a seca crônica no Centro-Sul do Brasil deve trazer um fim prematuro à moagem, com a temporada fechando um mês seis semanas mais cedo do que o normal, segundo fontes do mercado. Cinco usinas já finalizaram sua moagem, e outras 32 usinas devem parar as operações até 15 de outubro, segundo dados da UNICA, divulgados na quarta-feira.

A produção de etanol hidratado no segundo semestre de setembro atingiu 1,14 bilhão de litros, uma queda de 26,9% em relação à produção de 1,56 bilhão de setembro; 0,1% a menos que no mesmo período do ano anterior, mostraram os dados.

O Brasil foi o maior fornecedor de etanol não desnaturado para a Coréia do Sul em agosto e setembro, respondendo por 52% das importações da Coreia do Sul em agosto, e 81% (5.108 toneladas) em setembro. No período de janeiro a setembro, a Coréia do Sul importou 16.749 toneladas do Brasil, segundo dados do serviço aduaneiro da Coréia.

Porém, o Paquistão ficou como o maior fornecedor de etanol não desnaturado para a Coréia do Sul nos primeiros nove meses (31.216 toneladas), dos quais 67% foram entregues entre abril e julho. Os volumes em agosto e setembro subseqüentemente diminuíram para apenas 7% do número de janeiro-setembro, de acordo com os dados alfandegários.

-- Srijan Kanoi, srijan.kanoi@spglobal.com

-- Editado por Irene Tang, newsdesk@spglobal.com